Bem vindo!!!

Fique a vontade!!! Este é o meu refúgio...
MINHAS REFLEXÕES

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Um breve cochilo


Me volto para o meu mundinho pacato... reina um silêncio, frágeis pensamentos, memórias, boas lembranças... O tempo passa, mas a maré está calma... é possível navegar e sentir o vento batendo sobre o rosto. No fim da tarde, posso sentir o som de alguns pássaros, e nesse ambiente de pura paz, meu barco permanece ali, parado no meio do lago. Deitado sobre ele, é possível ver o céu... claro... quase limpo.... tiro um breve cochilo... quando despertar retornarei à margem. E é de lá que retornarei ao mundo, com um passo mais adiante de onde ele parou...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O dia que parei de comer carne...

O dia que parei de comer carne animal...
eu vi um ser parado em uma sinaleira
Sob o lombo soado escorria o seu cansaço
e pulsava sobre rédeas sua condenação eterna
Ao comando de um quadrúpede
investido de sua essencial ignorância
e com a autoridade de um chicote
cravava-lhe ao coro a dor do cárcere
à espera de um estímulo que o tirasse dali
Ainda que esse fosse o único martírio
que alimenta os seus dias...
A morte poder-se-ia o único caminho
para sua libertação...

sábado, 25 de agosto de 2007

pedras ao mar

Eu vou escrever o teu nome neste
pedaço de rocha que tenho em minhas mãos.
Quando a maré encher
não vou titubear.
Antes mesmo que eu adormeça,
cogito um pouco de sanidade
e apenas um tico de força
para que eu possa arremessá-la
sobre essa água corrente
que o vento marinho se encarregará de levar.
Já em águas calmas,
após noites e dias de desalento,
espero que vejas
que esse grão de areia que deverás tocar
já teve o desejo
desse velho andarilho.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Frio

Se esse frio demorar
Talvez eu esqueça que ele existe
Talvez me congele
Talvez finja que ele não existe
Talvez cubra o rosto
Para esconder o ranger dos dentes
Mas nada tão duradouro
Como depois... poder te reencontrar
Isso sim dura
O que quase em retrospecto
Eu não pude dizer, mas agora quero falar
Não me faça emudecer
Tudo o que quero todos já sabem...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O mundo em movimento


Novos desafios surgem...
Os conceitos se renovam...
Metas são atingidas...
Os aplausos se manifestam...
As fúrias se acalmam...
Os mitos vão caindo...
Os desejos se lapidam...
O consumo se amplia...
Um novo dia recomeça...
A vida se renova...
Os amores se engrandecem...
Os risos se expandem...
Novas trilhas aparecem...

O que é eterno?
Gerações se mutam...
Geleiras se derretem...
Algumas muralhas... caem...
O solo se fertiliza...
A cada grão...
A cada semente...
A cada instante...
Fácil é ser diferente...
Onde está você mesmo?

Livros são devorados...
Vidros são quebrados...
Atrás daquela janela...
Atrás daquela porta...
Atrás daquela máscara...
Simpatia.

Novas fortalezas...
Novas audácias...
Novos talentos...
Por que não refaz-se
todos os momentos...
Essa delicadeza...
Toda maturidade...
Toda essência...
Brilhante conclusão!

Você pode me dizer
a origem das cores?
Por que ser natural?
Há riscos em viver...
o que é implícito?
Difícil é não saber olhar a si
sem ver o que ainda é puro...
No rastro...
Ao encontro...
Simplesmente a procura...
Caminhando na estrada velha...
De poeira e fumaça...
O mensageiro repassa...
Andar ao sereno...
Chorar o seu amor...
Enriquecer-se de esperança...
Falecer a dor...
Um abraço de irmão...
Um beijo de mãe...
Lábios molhados...
Tudo parece tão claro...

Noite de lua...
Tardes de outono...
Sintonia de cantos...
Discos de vinil...
Ao som...
Aos ouvidos...
A uma só voz...

Que seja forte...
Que abra o meu coração...
Que não deixe dúvidas...
Veja os meus olhos...
Leia a minha mente...
Faça um pedido...
Apenas um...
Colha os frutos...
Liberte-se para o mundo...

É tempo de que mesmo?
Giz de cera...
Tela plana...
Quadro de aquarela...
As crianças agora brincam...
A rua ainda está molhada...
Aquela praça...
Que é minha...
Que também é sua...
E mais de quem?

Coração de mãe é assim...
Grande como os meus braços...
Abraçam o mundo...
Minhas mãos são pequenas...
Riscando aquela calçada...
O chão é limpo, sabia?

Delírios assolam...
Minha mente sã...
Os meus ouvidos
não são meus...
De quem é a palavra?

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Poema Verbalizado


Abro.Olho.Amanheço.Desperto.Leio.Livro.

Ouço.Disco.Faço.Desenho.Solto.Canto.

Deito.Rolo.Fujo.Corro.Risco.Mergulho.

Rio.Adentro.Trilho.Caminho.Seguro.

Distraio.Retorno.Começo.Marco.Encontro.

Saio.Junto.Libero.Encanto.Realço.Estimulo.

Procuro.Fio.Mordo.Laço.Lembro.Rememoro.

Emociono.Calo.Choro.Sinto.Cheiro.Aperto.

Abraço.Curto.Beijo.Sonho.Acordo.Vivo...

sábado, 21 de julho de 2007

Pedras

Os violinos assolam esse jardim
De flores adocicadas
com o perfume que ainda sinto
Esquecer o que se foi
Tentar o caminho das pedras, quem sabe?
Pois as rosas trazem espinhos.
Não quero te machucar
As pedras são frias, mas dormiremos na terra
Dormiremos abraçados e isolaremos esse frio
Nem sentiremos a noite passar
com muito prazer
Acordaremos com uma fresta de sol na montanha

terça-feira, 17 de julho de 2007

Flutuante



Deslizam sobre o inconsciente
Frágeis pensamentos
Que tecem imagens e memórias
De um sentimento flutuante...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Acordar


Tem dias que o coração da gente fica meio besta, não é verdade?
Às vezes balançamos as nossas estribeiras e nos sentimos tocados
de alguma forma por algo ou por alguém

Vibramos por um êxtase que dura pouco, mas o sabor é adocicado.
E como esses momentos são importantes em nossas vidas?!
É necessário uma certa memória visual do que na realidade é quase virtual.

Os olhos pequeninos ficam ainda mais pequenininhos.
Concentrados em imagens que marcaram boas histórias ou
criam situações possíveis de ocorrer em nosso imaginário.

Às vezes esse simples imaginário tem poder de renascimento.
Aguça o nosso ego a amar-nos ainda mais profundamente.
Como é formidável poder olhar para dentro de nós.

Como somos lindos de corpo e alma.
Como é bom entregar a nossa beleza interior.
Que todos possam nos ver. Essa é a idéia mais sensata.

Quando caminho hoje, não pareço estar sozinho.
Percebo que um sentimento de bem estar me acompanha.
E isso me faz sentir ainda melhor.

É claro que há certas vezes que a mente
parece estar trabalhando sozinho
E nem sentimos o tempo passar.

Esses são momentos comuns e relapsos.
Talvez um certo cochilo
Vazio de sentido.

É atrás desse sentido que vivemos
Quando percebemos isso
Tudo parece tão mais interessante.

É provável que amanhã
uma breve sonolência tome conta do meu dia
Mas quando a minha vontade de viver despertar-me...

Poderei dizer o quanto é emocionante estar acordado
e poder compartilhar com todas as pessoas que me cercam
a minha magia de ser
... e posso interagir com elas. Bravo!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Caminhando



Caminhando em estradas de ferro...
O trem vem passando...
Como sempre um pouco atrasado...
Mas de que importa...
Se eu também ...
Chegara em cima da hora...

Conseguira pegar o trem...
Novidade...
Já que por muitas vezes...
Eu olhara já adiante...
Bem ao horizonte...
Depois da estação...

As paisagens vão passando...
Bem devagar...
Pelas janelas...
Aqueles quadros...
Cada movimento é observado...
Minuciosamente...

Vários lugares...
Visitara em horizontes...
De pensamentos distantes...

Desejos... Saudades...

A lágrima relembra o bem...
O bom de tudo...
Que se armazena...
Em cada página...
Daquele livro...
Creditado como best-seller...
Ou livro de cabeceira...
Pois cada momento de vida...
Fora computado...
E repetido por inúmeras vezes...
Ligeiras modificações...

Mas existe essência...
Algo profundamente verdadeiro...
Algo que se vive...
E não se apaga...


Não se esquece.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Sombra de chuva

Lembranças sólidas
de um tempo inerente

Perspicácia,
retina figurante
de corriqueiras tardes
Malicias, carícias, delicias
Lembra-se quando...

Nem sempre, nem tanto
Tudo parece estranho
Ainda que, saiba que...
Não esqueço...

Frases curtas,
Idéias soltas,
Lucidez de sentido,
Fitinha no dedo
Ainda se lembra...
Eu chorei.

A chuva que cai
Parece molhar os meus desejos
Escritos em papel de carta
Que ninguém entrega...

O andarilho ainda percorre
Exala seu grito
Racham-se as muralhas
O tempo transparece


E da chuva, apenas o vendaval
Alastram-se os vales
Lá vem o sol...
Que já tão frágil,
Resiste até mais tarde.
Quando chega o silêncio,
Calmaria em noites quentes
Gestos claros,
Apenas um palpite

Da tolerância
Veio a ausência
Que por fim

Fez-se meio ao inicio

O olhar distante
fixo ao nada.


pois é tudo que tenho

quarta-feira, 4 de julho de 2007

¿Donde miras?

Dias longos
Estradas abertas
Velocidade máxima
Onde parar?
Não importa.

Regras sem registros
Algarismos mistos
Um único prefixo
Ainda meio embaralhado

Relógios piando
Rodopiando
Mundo girando

Olhos para baixo
Um único pensamento
Não, isso realmente não importa.

Cada tecla vale um biscoito
É..., daqueles da sorte
Diga apenas um número.
Nem precisa ser grande.
Que tal o número da sorte?
Pode ser uma letra também.

Mas por que parar?
Para onde estamos indo?
Olhos para frente.
Há uma direção.
Sei que estão vidrados.
Mas onde anda essa mente?

Com certeza não sei.
Mas que vá adiante.
Que signo é o teu?
Nunca fui bom em astrologia mesmo
Mas posso ler algo para ti.
As suas mãos, que tal?
Não, melhor não. Que tal os pés?
É verdade! Sejamos humildes.
Comecemos de baixo.

Eles dizem que tem uma longa estrada percorrida.
E que muitas vezes eram de terra vermelha.
Dizem também que já se acostumaram a andar.
Na verdade, não conseguem parar.
Estão viciados em percorrer longos caminhos.
Para que parar?

Já não acredito em tudo que vejo.
Olhos para os lados
Lados opostos
Postos entrepostos

Olhando para dentro.
Alimentando o ego.
Pense bem, bem lá no fundo.
Fundamente uma idéia.
Agora relaxe.
Curta esse momento.
Parece real, não é?
Pois digo que é.

Olhos para o céu.
O que tem lá?
Ahn, só isso.
Olhe bem, veja bem, convenhamos.

Diga-me o que tem depois do azul.
Não precisa me dizer em cores.
Pode traduzir em metáforas.
É. Acredite, posso ver.


Olhos abertos, e bem abertos.
Arregalados.
De susto? Imagina?!
De emoção.

O que gera isso na realidade?
Já disse, não importa. Não mesmo.

E se, hoje, saísse sem destino?
Para onde iria?
Te peguei!
É claro que não sabe.
Mas eu sei.

Consigo até escutar uma canção.
É claro, sempre há uma trilha sonora.
Aquela música.
Só mais um pouquinho.
Que tal aumentar o volume?

Olhando para o nada.
Mas o nada existe?
Bem, então isso já é alguma coisa, não é?
De que importa?

Alguns dias permanecem frios.
Outros nem tanto.
Nada como um delicioso café
Quentinho em pleno o inverno.

Me esqueço as vezes que nem gostas de café, não é?
De que importa?

O importante é se manter aquecido.
Sempre.
Seja só ou muito bem acompanhado.

Sinto um sabor.
Algo como, não sei dizer ao certo.
Doce ou salgado.
Só sei que é bom, isso é o que importa.

¿Donde miras?


Por que parar?
Continuemos a nossa jornada...


Sobre a estrada velha, de poeira e fumaça, o mensageiro ainda repassa.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Poesia adormecida

Quando a poesia decide se calar
Reside ainda no artista
O sopro de um sarau
Vivo sobre rabiscos
Em guardanapos de papel.
Pois a essência não morre
Ainda busca...

A poesia agora dorme,
Dilacerada pela inocência,
Mas livre de qualquer ponto final
A poesia, todos sabem,
Sempre renasce
Seja qual for o leito do rio...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Estrada

De novo... a velha estrada... de poeira e fumaça... um andarilho segue o seu rumo... sem saber para onde ir... a multidão vai ao longe se dispersando... sobra um vazio e um infinito silêncio... hora de retirar... mergulhar em um universo onde somente uma pessoa tem o poder da fala e somente ela mesma pode ouvir... surge uma voz que vem de dentro, há o dom de ser amigável...

Pela estrada velha... de poeira e fumaça...

Algumas referências

Em Dança, Artes Cênicas e Música